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Todo freelancer enfrenta, no início de sua trajetória, um dilema: Quero trabalhar sozinho, mas onde? Por conta dos custos, alugar uma sala se torna inviável, e ele acaba trabalhando em casa, mais por falta de opção do que por escolha. Porém, com o passar do tempo, o home office já não se torna uma opção tão interessante devido a algumas questões:
1º – Concentração
Em sua casa, a tendência a interrupções é maior, quer seja do cachorro latindo, do telefone, interfone, alguma entrega ou qualquer outra distração.
2º – Reuniões
Nem todos gostam de receber clientes em casa, optando por realizar reuniões em cafeterias ou locais similares, que não são os mais adequados, devido à infraestrutura e perfil desses espaços
3º – Isolamento
No home office, a tendência é trabalhar mais sozinho, diminuindo o networking no horário de trabalho.
A questão levantada foi: Qual seria o modelo ideal de trabalho para um freelancer, consultor, profissional liberal ou uma pequena empresa utilizar?
Surgiu então o conceito de Coworking, utilizado pela primeira vez por Brad Neuberg em 2005 para definir um espaço que ele criou em San Francisco – EUA para reunir freelancers que queriam um local de trabalho com estrutura pronta para as suas necessidades e participar de uma comunidade onde as pessoas criariam networking e trocariam ideias sobre projetos.
A maior vantagem desses espaços é justamente esta troca. Profissionais de diferentes áreas dividem um espaço comum e alugam uma estação de trabalho. Então, um designer pode estar trabalhando do lado de um arquiteto que tem um projeto de criar uma empresa e precisa desenvolver a comunicação visual. Ou um produtor cultural tenha que revisar um texto, e trabalhe ao lado de um revisor. As possibilidades são muitas, e invariavelmente negócios são fechados ali mesmo, no local de trabalho.
Além disso, os espaços de Coworking tem características que conseguem solucionar os problemas citados acima, como salas de reunião para receber clientes e um ambiente com fatores imprescindíveis a um freelancer, como internet rápida, serviço de impressão e entrega, local para refeições e um ambiente que minimiza as distrações que possam ocorrer.
A Forbes Magazine, em fevereiro de 2014, publicou um artigo em seu site, chamado “What Coworking Can Really Do For You”, onde aponta as vantagens deste conceito. Segundo eles, “estes espaços cresceram 400% nos últimos dois anos, porque oferecem o que empreendedores com visão de futuro estão procurando: comunidade e colaboração. Um Coworking pode te ajudar a encontrar as pessoas certas, pois o seu valor está nas relações, além dos recursos otimizados. Em um curto espaço de tempo, você tem uma rede de pessoas a quem pode pedir conselhos imediatos sobre qualquer coisa. No ambiente de Coworking, esse apoio acontece por estarmos todos no mesmo barco. Alguns empreendedores que tentam trabalhar de casa se sentem isolados. O Coworking permite que eles participem de um sistema de apoio integrado – e isso, por si só, não tem preço.” Além disso, segundo pesquisas, “nos EUA, até 2020 mais de 40% do trabalho será composto por profissionais freelancers.”
Este conceito se espalhou pelos EUA e chegou no Brasil em 2008, em São Paulo e apesar de novo, está em toda parte do mundo, desde EUA e Brasil até países como Vietnã, Israel e Indonésia, passando pela Espanha, Portugal, Argentina, entre outros.
No Brasil, vários estados já tem seus espaços de Coworking, como São Paulo, Paraná, Belo Horizonte, Goias, Ceará, Bahia e Rio de Janeiro, entre outros.
No Rio de Janeiro, estes espaços estão surgindo aos poucos na capital e interior. Na capital, já existem alguns espaços em Botafogo, Centro, Barra, Gávea, Catete. Um bairro muito populoso e central, famoso em todo o mundo, que não tinha um Coworking até pouco tempo atrás era Copacabana. Porém, isto não seria por muito tempo.
Em julho de 2014, foi inaugurada a Tribo Coworking, em uma das maiores avenidas do bairro, na altura do posto 4. Este é um exemplo de espaço que veio para atender a estas necessidades dos freelancers. A Tribo é um exemplo do que estes espaços oferecem para seus clientes:
1 – Estações de trabalho compartilhadas
A essência do Coworking é trabalhar junto. Desta forma, as estações de trabalho são projetadas de forma estimular a interação entre os profissionais.
2 – Internet de alta velocidade
O freelancer tem a vantagem de poder trabalhar de qualquer lugar. Porém, para isto ele precisa de uma internet rápida. Na Tribo, ele tem disponível uma internet Wi-Fi de 120 mb para poder enviar e receber os arquivos que precisar.
3 – Salas de reunião
Na Tribo o profissional pode fazer reuniões com clientes em salas de 4 ou 6 lugares, com TVs LED HD para apresentações.
4 – Comunidade
O grande diferencial deste modelo, a comunidade do espaço é o que permite que os profissionais possam fechar negócios entre si, mesmo sem estar no espaço físico da empresa. A Tribo tem alguns profissionais e empresas em sua rede que vão desde designers e jornalistas a empresas de decoração de eventos, produção e edição de vídeos e gastronomia.
5 – Conveniências
Outra questão importante em um espaço de Coworking é minimizar as interrupções. Sabemos que todo profissional pode precisar parar durante o dia, quer seja para beber uma água ou café, fazer um lanche ou imprimir alguma proposta. Por isso, é muito importante que os espaços ofereçam estes serviços. Na Tribo, além de água e café liberados, o profissional pode comprar algo pra comer ou beber, pode imprimir, além de ter à disposição lockers para não precisar ficar transportando todo dia o seu material de trabalho.
6 – Área Relax
Os espaços também se preocupam com os momentos de descanso necessários para um melhor rendimento. Na Tribo, o coworker tem à sua disposição uma mini biblioteca, TV a cabo e Playstation 4, por exemplo.
Com essas vantagens, o Coworking é um mercado em franca expansão, com inúmeras possibilidades para os freelancers.
E você? Já conhecia este conceito? Se animou com a possibilidade? Se informe e visite um espaço. Você não vai se arrepender