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Se você é iniciante na vida de freelancer, e tem dúvidas sobre como precificar um trabalho, não se preocupe. Mesmo profissionais experientes, com anos de carreira freela também têm essa dificuldade.
O mais importante é chegar a um valor justo, pois isso também é uma ferramenta para conseguir mais jobs. Trabalhos supervalorizados tentem a ser bem menos atrativos para possíveis clientes e isso é tudo o que a gente não quer.
Por outro lado, é preciso também tomar cuidado com a subvalorização. Afinal, trata-se do seu trabalho e ele deve ser pago com um valor adequado ao tempo gasto e às suas habilidades de quem está realizando o job, entre outros fatores.
A palavra chave é equilíbrio. E para encontrá-lo, tente responder as perguntas a seguir.
Quais são os custos que você tem para realizar o job?
Essa é a primeira pergunta a ser respondida para precificar um trabalho. Afinal, você precisa ganhar mais do que gasta com a realização do job, certo?
Verifique se o trabalho requer deslocamento e qual é o tamanho dele. Se você tem um escritório ou trabalha em um coworking, esses gastos também precisam ser contabilizados.
Mesmo quem trabalha como freela em regime de home office precisa lembrar que tem gastos. Água, luz e até o cafezinho para dar uma energia a mais são contas do trabalho.
Por fim, o equipamento (computador, periféricos, materiais de escritório, softwares e outros) que você usa sofrem um desgaste natural no dia a dia de trabalho. Esse desgaste também entra na conta dos gastos com o trabalho.
Qual é o valor do seu tempo?
É muito comum que um profissional faça o trabalho freelancer nas horas vagas. Ou seja, a pessoa já tem um emprego, mas busca um complemento de renda oferecendo serviços nas horas vagas.
Isso não significa que ele deva praticar preços muito baixos. É necessário valorizar o seu trabalho.
Uma forma de fazer isso é calcular o quanto se ganha no emprego fixo e descobrir o valor da hora trabalhada. Esse exercício vai dar uma boa ideia de como precificar o trabalho e valorizar o tempo gasto com Jobs nas horas que seriam de descanso.
Caso você a sua renda seja composta exclusivamente como freelancer, uma boa dica é estipular uma carga horária, o quanto se quer ganhar, e colocar os números na ponta do lápis (ou da calculadora). Calcule o valor adequado para cada hora de trabalho.
Tenha em mente também que cobrar um pouco menos em um job para se apresentar para um determinado cliente pode ser uma forma de garantir novos trabalhos no futuro. Como dizem por aí, cada caso é um caso. Jogo de cintura é importante nessa hora.
Qual é o serviço que você está oferecendo?
O freela deve se entender como uma empresa, e sessa organização, na maioria das vezes é de uma pessoa só.
Ou seja: o próprio profissional que busca entender como precificar o trabalho também é responsável pela procura de clientes, pela burocracia envolvida, pela administração do tempo, pelo serviço em si e pela qualidade da entrega.
Essa é uma realidade que precisa ser lembrada na hora da precificação. O entendimento desse conceito permite, inclusive, baratear os custos da operação.
Por exemplo, em vez de gastar um tempão procurando clientes no LinkedIn ou em redes sociais, se inscrever em plataformas como a 99Freelas, que faz o elo entre profissional e cliente, é uma estratégia interessante.
Nesse caso, você pode optar por um dos planos pagos da plataforma, mas ele é justo, uma vez que você tende a conseguir jobs de forma muito mais fácil. E tem ainda a vantagem de ter um parceiro para ajudar na resolução de qualquer problema com o cliente.
Quanto valem suas habilidades?
Vamos pensar em termos de futebol. Quanto vale um atacante que foi artilheiro na Copa do Mundo e quanto vale um garoto, da mesma posição, que está em seus primeiros jogos profissionais?
Claro que na vida de atleta há uma projeção de o quanto o jovem atacante pode crescer como jogador. Contudo, é inegável que um artilheiro que todo mundo sabe que vai marcar mais gols é muito mais valioso.
Você, freela, pode seguir a mesma lógica. Se for iniciante, pode cobrar um pouco menos e garantir com o trabalho que é capaz de “fazer os gols” que o mercado exige. Se você já é um profissional experiente, com um ótimo portfólio, pode cobrar um valor um pouco mais alto.
Última dica para precificar o trabalho
As dicas anteriores já respondem bem sobre como precificar o trabalho, mas antes de mandar uma proposta para um possível cliente, faça mais um exercício: a pesquisa de mercado.
Profissionais semelhantes a você cobram valores similares com os da sua proposta?
Se a resposta for “sim”, você está no caminho certo. Se ela for “não”, tente entender o motivo e não tenha medo de alterar a sua precificação, desde que isso faço sentido para o job que vai ser realizado.