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Alguns dos desafios da vida do freelancer são bem claros, outros são bem mais nebulosos e você só vai os conhecer quando sentir a necessidade de educar os seus clientes. O lado bom, é que há dicas bem eficientes para quando o papel pedagógico do freela tem que vir à tona.
Alguns dos eventuais clientes que encontramos na nossa jornada simplesmente desconhecem o que é ser freelancer. Não dá para culpá-los, já que esse é um novo jeito de trabalhar e que tem regras de convivência diferentes daquelas que foram usadas (sem nenhum exagero) nos últimos séculos.
Cliente folgado? Sim, ele existe. Cabe a nós, freelancers, trabalhar na educação deles.
Se você quer dicas para isso, vamos nessa!
Dica 1 – De onde viemos?
Vamos relembrar as aulas de história… Na Inglaterra do século XIX, começou a revolução Industrial. Trabalhadores que antes tinham oficinas em casa, agora eram obrigados a se dirigir para o pátio da nova estrutura de trabalho. Eles vendiam a mão de obra e o horário a ser dedicado à empresa.
Séculos se passaram e a maioria dos colaboradores de empresas até hoje, agem da mesma forma. Se você já trabalhou presencialmente em uma empresa qualquer, sabe do que eu estou falando.
Contudo, nos últimos anos, com a crescente evolução da tecnologia, isso mudou. Eu (freelancer da 99Freelas) escrevi esse conteúdo da minha casa, no horário que eu escolhi para prestar o serviço. A entrega foi via internet, dentro de um prazo previamente estipulado.
Somos, nós freelas, uma nova categoria, com um novo jeito de vender a mão de obra. Percebeu a diferença? Bom…esse é o primeiro passo para educar o seu cliente, já que esse conceito também tem que estar claro para ele.
Dica 2 – Quem somos
Em outras palavras, educar o cliente passa necessariamente por ele entender quem somos nós freelas. Arrisco a escrever que a maioria já tem esse entendimento. Por outro lado, sei que muitos contratantes ainda não entenderam o conceito.
Contatos em horários inadequados, pedidos fora do escopo do job, dificuldades na aprovação, entre outros problemas, são uma realidade no nosso dia a dia. A receita para evitar isso é a comunicação clara e assertiva.
Desde o primeiro momento, estabeleça os limites com o cliente. Informe horários em que você pode estar à disposição, a forma de entrega do job, objetivos e metas a serem cumpridos e qual exatamente é o escopo de trabalho.
Faça isso por escrito, para que não reste dúvida em caso de conflito com o cliente. Quando ambas as partes sabem bem o que esperar dessa relação, ela fica muito mais proveitosa para todos.
Dica 3 – Para onde vamos?
Em alguns momentos, o “dizer não” pode fazer parte da missão de educar seus clientes. Quando for o caso, vá em frente. O que foi combinado tem que ser cumprido.
No entanto, ter flexibilidade também pode render bons frutos. Não é raro participarmos de projetos que precisam de uma ou outra correção de rota. Estar aberto para mudanças nos planos pode solidificar a relação freela-cliente.
Quando dizer não e quando ser flexível? Ora, use o seu bom senso, negocie prazos e a remuneração, enxergue se há potencial de novos jobs com o seu cliente e se isso vale a pena.
Não há fórmula, cada caso tem uma resposta diferente. Você é quem decide.
O mais importante, do ponto de vista de quem quer educar seus clientes, é que ele entenda porque você está dizendo “não” ou porque você está disposto a ceder em algum ponto. Quando há boa comunicação, é mais fácil trabalhar e os resultados tendem a ser melhores para ambas as partes.